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segunda-feira, 8 de março de 2010

A relação mãae e filha e a formação da identidade feminina



As mulheres conquistaram prestígio e poder, conseguiram alinhar o charme e a competência, conseguiram aquilo que o movimento feminista lutava na década de 70, conquistaram seu lugar no mercado no trabalho e hoje disputam de igual para igual com os homens e assumiram o comando de “chefe de casa”, assim vê-se a mulher contemporânea, profissional, provedora do lar e mãe. É basicamente dessa mulher contemporânea e suas influências sobre a identidade da filha, futuramente mulher que falo aqui, a mãe como referência na construçao da feminilidade da filha.
Sabe-se que a mae é elevada a uma categoria de Outro pelos estudos psicológicos, principalmente pela psicanálise, a mãe na verdade encarna esse papel de Grande Outro, isso é um fato de extrema importância para o desenvolvimento infantil, embora mais tarde a criança desistitua a mãe desse lugar, é o que os sujeitos deveriam reconhecer que o Outro não existe como tal, a mãe apenas ocupa esse lugar. Para a mulher é mais dificultoso aceitar a inexistência desse Outro, pela busca ao falo.
O poder da mãe é extremamente forte na constituição do ser humano, pois é ela que além de atender as necessidades fisiológicas do bebe atende as necessidades amorosas do mesmo, assim o que impera é o seu poder, suas respostas constituem lei ou regulamentos, suas demandas são mandamentos, seus desejos são designíos. ­­­­­­Dessa forma a importância do estudo de famílias, nas quais a relação mãe e filha de alguma forma prevalece, se dá pela história particular que cada menina escreve com sua mãe ao longo de sua infancia e adolescência, assim costuma ficar um rastro dessa relação no constructo da feminilidade da menina, é deixado na filha uma indiferenciação em face da mãe em aspectos que tocam a sua identidade como mulher. (Zalcberg, 2003).
Assim a importância do tema proposto esta na forma que uma mãe vive o ser mãe e mulher, sem abdicar de nenhum desse aspectos pelos quais se constitui sua feminilidade, é que a filha pode encontrar apóio para formar a sua feminilidade, distinta da de sua mãe, assim cabe a cada mulher forjar-se uma identificação feminina pelos caminhos da inventividade e da criação.

Referencia bibliográfica

ZALCBERG, M. A relação mãe e filha. 9 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

segunda-feira, 1 de março de 2010


Trabalho X Família: Conseguimos Conciliar?


Conciliar a vida pessoal e familiar com o trabalho é um desafio da vida moderna. Se você possui uma atividade desenvolvida fora de casa sabe muito bem disso. Porém o que poucos se dão conta é como conduzir bem tal "conflito". Por mais que se fale da importância do equilíbrio entre estes dois "mundos", nem tudo é tão simples na prática.
Certa vez perguntaram a Sigmund Freud, grande psicanalista austríaco, o que ele achava que uma pessoa normal deveria ser capaz de fazer bem, e ele respondeu: “amar e trabalhar”. Ele acreditava que é por intermédio da família que as necessidades relacionadas ao amor são gratificadas e que o trabalho tem um efeito mais poderoso do que qualquer outro aspecto da vida humana de vincular uma pessoa à realidade. Por isso a resposta de Freud pode ser interpretada como uma ênfase no trabalho e na família para uma vida saudável.
Existem várias perspectivas sobre o trabalho, a econômica, por exemplo; proporciona-nos recursos financeiros para sustentarmos a vida e a aspiração para melhorarmos a qualidade de nossa vida material. E a Psicológica; o trabalho como fonte de identidade e união com outras pessoas, além de ser uma fonte de realização pessoal.
Quanto à família, sabemos que as de hoje são muito diferentes das “de antigamente”. Isso mesmo, as famílias vêem passando por importantes mudanças estruturais e funcionais nas últimas décadas. Essas transformações não foram acompanhadas pelas políticas organizacionais de algumas empresas, embora ainda existam famílias em que o pai trabalha e a mãe fica cuidando dos filhos em casa.
Normalmente, a grande discussão é como conciliar o conflito entre trabalho e família, e a saída é afirmar que dá para fazer ambos. Será?
As empresas possuem hoje grandes diversificações no quadro de funcionários, ou seja, contam cada vez mais com a presença de mulheres, genitores solteiros e casais com dupla jornada. O potencial de conflito e estresse aumenta à medida que a maioria dos trabalhadores enfrenta exigências de equilibrar trabalho remunerado e responsabilidades domésticas.
O problema pode ser particularmente difícil para casais em que ambos trabalhos e tem filhos pequenos e para pais solteiros. Certamente o de permanecer em casa com filhos doente ou de participar nas tarefas escolares.
Algumas pesquisas demonstram que casais com dupla jornada tem um estilo de vida orientado para o trabalho antes do nascimento dos filhos. Mas quando as crianças nascem esse sistema passa por profundas transformações. As demandas da vida doméstica aumentam e não podem ser adiadas, reprogramadas ou ignoradas. Ambos os cônjuges podem chegar a sua própria definição do que é necessário para o sucesso no trabalho e qual o nível de envolvimento adequado na família.
Pessoas que relatam altos níveis de conflito trabalho X família tendem a relatar pouca satisfação no trabalho, podendo ser associados à depressão, sintomas físicos, faltas e atrasos, insatisfação com a vida familiar e com a vida em geral.
Embora desempenhar o papel de pai e trabalhador possa ter efeitos adversos, particularmente para as mulheres, que geralmente assumem as maiores responsabilidades pelas crianças, os papéis duplos podem ter efeitos positivos, propiciando um aumento na auto-estima e do apoio social de outros. Assim, se você encontra uma boa situação no trabalho e na família tenderá estar satisfeito com ambos.
As empresas que se preocupam com o conflito trabalho X família têm adotado medidas para ajudar seus funcionários. As mais utilizadas são a flexibilidade do horário de trabalho e a pré-escola no local de trabalho. Para os funcionários com filhos pequenos ambas as medidas facilitam o controle das obrigações com o trabalho e com a família. Horários flexíveis permitem que se tenha tempo para lidar com as demandas da vida familiar, como levar uma criança doente ao médico. Dessa forma todos lucram; o funcionário quem tem aumento nos níveis de satisfação e a empresa que aumenta a produtividade com funcionários saudáveis e com menores índices de absenteísmo (faltas e atrasos).
A questão é justamente essa. Se você, como eu e a grande maioria das pessoas, tem de "conciliar" família com trabalho, é imprescindível determinar, muito antes das inevitáveis crises, quem você prioriza e coloca em primeiro lugar. Você não terá de tomar difíceis decisões de lealdade na última hora, pois a opção já terá sido previamente discutida e emocionalmente internalizada.